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Mostrando postagens de junho, 2010

[174] É da fraqueza que nascem as aparências

Não ser capaz de reconhecer as suas fraquezas só reforça a sua fraqueza no geral. Poucos têm a força para este reconhecimento, que, de fato, não é fácil, não só pela pressão interna, mas também pela externa. Relutamos em ver no espelho a nossa face mais feia. Incomoda. Também relutamos em mostrar aos outros o que temos de mais feio. Nos envergonha. E os outros, muitos deles, não poupam esforços em nos fazer se sentir envergonhados. A demonstração de fraqueza é recepcionada por muitos com demonstração de suposta força. Batem justamente quando nos mostramos fracos. A razão de baterem, nesta circunstância, é também fruto da fraqueza deles. Covardia sempre será uma atitude de fraco, do fraco que deseja parecer forte, do fraco que só bate quando o outro está desarmado, humilhado ou desamparado. Forte que é forte não quer bater em quem é fraco ou está fraco, seria uma vergonha e demérito para a sua real força. Forte bate em forte e ajuda o fraco a ficar forte. Para tal fim, às vezes, bate

[173] Três momentos em que Popper, o anti-indutivista, precisa da indução

Para Popper, pouco importa saber como chegamos a uma teoria quando estamos interessados em justificá-la. Pode interessar à psicologia e à sociologia saber como os cientistas formulam as suas teorias, os fatores que os influenciam etc. Porém, nada disso contribui para a justificação da teoria. A questão de saber como formulamos as nossas teorias pertence ao contexto da descoberta, que é distinto, para Popper, do contexto da justificação. Quanto à justificação da teoria, o máximo que podemos fazer é testá-la. A partir do nosso aparato lógico, extraímos dedutivamente previsões da teoria e investigamos se essas previsões se verificam. Se elas não se verificam, algo vai mal com a teoria. Se elas se verificam, continuamos a extrair mais previsões e a fazer mais testes com a teoria. Seu sucesso nos testes não nos licencia a inferir a sua verdade, apenas que podemos aceitá-la e continuar testando-a. E assim prossegue a atividade científica. Tudo isso vai bem... (1) Mas sem um limitador sobre q