Se, em uma discussão, você se vê obrigado a dizer para o seu interlocutor que ele não entende um determinado ponto, então isto é evidência de que provavelmente você mesmo não tem clareza sobre este ponto e, por isso, não conseguiu fazer com que o seu interlocutor o entendesse. Aplicar o benefício da dúvida tem a desvantagem de tornar a argumentação mais árdua, mas a vantagem correspondente é tornar o argumento mais forte.
Irracionalismo é a tese de que os nossos julgamentos são arbitrários. O irracionalismo pode aplicar-se apenas a um setor do conhecimento humano. Por exemplo, podemos ser irracionalistas morais. Assim, julgamentos morais sobre como agir, o que fazer, o que é certo e errado são arbitrários, não temos uma razão para eles, eles não se fundam em nada que possa legitimá-los diante dos outros. Podem ser fomentados por nossas emoções ou desejos, mas nada disso tira a sua arbitrariedade diante da razão. Chegaríamos ao irracionalismo moral se tivéssemos razões para pensar que não há nada na razão que pudesse amparar julgamentos morais. Isto é, dado um dilema moral do tipo "devo fazer X ou ~X", não há ao que apelar racionalmente para decidir a questão. Donde se seque que, qualquer decisão que você tomar, seja a favor de X, seja de ~X, será arbitrária. Como poderia a razão ser tão indiferente à moralidade? Primeiro vejamos o que conferiria autoridade racional a um julgamento moral, pois ...
Comentários
... é que ando na Poesia e a Filosofia me soa a cada dia mais sem sentido. Ontem estava com os volumes de Rousseau em mãos, queria ver com mais propriedade porque Kant se encantou tanto com ele... tem algumas passagens belas, mas achei chato. O melhor está nas cartas dele a um Sr. chamado Philopolis, têm pérolas nas Cartas de Rousseau... já leste?
beijo
Não li essas cartas, mas ele tem alguns romances que parecem ser bons também. Emílio. Já tentou?
Vou tentar Emílio, já que a parte filosófica me deu tédio-filos.
obrigada pela lembrança da obra.
beijo