A experiência de X me fornece pelo menos o conhecimento da localização de X, e qualquer pessoa capaz de ter a experiência de X tem a capacidade de localizar X. Implicita e indiretamente, a experiência de X também fornece o conhecimento da existência de X. Essas cognições perceptivas não precisam envolver conceitos ou a capacidade de representar X com elevado grau de abstração ou generalidade . Conceitos aparecem apenas quando começamos a enriquecer a nossa concepção de X, quando começamos a adquirir conhecimentos relacionais de X, ou seja, quando X é colocado em relação com outras coisas e eventos.
Irracionalismo é a tese de que os nossos julgamentos são arbitrários. O irracionalismo pode aplicar-se apenas a um setor do conhecimento humano. Por exemplo, podemos ser irracionalistas morais. Assim, julgamentos morais sobre como agir, o que fazer, o que é certo e errado são arbitrários, não temos uma razão para eles, eles não se fundam em nada que possa legitimá-los diante dos outros. Podem ser fomentados por nossas emoções ou desejos, mas nada disso tira a sua arbitrariedade diante da razão. Chegaríamos ao irracionalismo moral se tivéssemos razões para pensar que não há nada na razão que pudesse amparar julgamentos morais. Isto é, dado um dilema moral do tipo "devo fazer X ou ~X", não há ao que apelar racionalmente para decidir a questão. Donde se seque que, qualquer decisão que você tomar, seja a favor de X, seja de ~X, será arbitrária. Como poderia a razão ser tão indiferente à moralidade? Primeiro vejamos o que conferiria autoridade racional a um julgamento moral, pois ...
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