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Mostrando postagens de maio, 2010

[172] A probabilidade indutiva

Argumentos indutivos são geralmente caracterizados como aqueles cujas premissas, caso verdadeiras, tornam a conclusão provável. Cezar Mortari, por exemplo, eu seu livro Introdução à Lógica , diz que, no caso dos argumentos indutivos, "não há a pretensão de que a conclusão seja verdadeira caso as premissas o forem - apenas que ela é provavelmente verdadeira" (p. 24). Em seguida, ele ainda aponta uma dificuldade para as lógicas indutivas que é a de determinar o grau de probabilidade necessário para tornar um argumento indutivo forte. Um argumento que confere a probabilidade de 95% à conclusão é forte, mas outro que confere apenas 20%, não. Onde traçaremos o limite? Esta é de fato uma dificuldade para as lógicas indutivas. O ponto para o qual quero chamar atenção aqui é outro. Apesar de ser um avanço usar o conceito de probabilidade para caracterizar os argumentos indutivos, sem maiores detalhes, muito pouco esclarecimento se ganha na verdade. Isto se deve ao fato de que o conc

[171] Oxford Bibliographies Online: Philosophy

Em breve a Oxoford University Press estará lançando uma enciclopédia de bibliografias, isto é, uma enciclopédia cujos verbetes objetivarão apresentar uma lista das principais publicações e contribuições na área. Certamente será uma ferramenta muito valiosa. Aqui um exemplo, o ceticismo contemporâneo , por Duncan Pritchard, editor, aliás, da enciclopédia. Aqui alguns verbetes de interesse a epistemólogos, que estarão presente já no lançamento da enciclopédia. E finalmente aqui a página para a Oxford Bibliographies Online: Philosoph y

[170] A premissa de que a natureza é uniforme não tem serventia

Alguns filósofos sustentaram que a assunção do princípio da uniformidade da natureza é necessária para validar ou justificar a indução. Assim, uma inferência como: (A) Todos os corvos examinados até n são negros. :. Todos os corvos são negros. poderia ser validada pelo acréscimo da referida premissa: (B) A natureza é uniforme Todos os corvos examinados até n são negros. :. Todos os corvos são negros. O problema óbvio desta estratégia é que a observação de um corvo não-negro em n+1 falsearia a premissa de que a natureza é uniforme, se achamos que a introdução desta nova premissa transforma a indução numa dedução. Sim, pois se o argumento é dedutivo e a conclusão é falsa, então pelo menos uma premissa também é falsa. Se não transforma, então não é exatamente claro que papel a premissa cumpre no argumento indutivo. Se o enunciado de que a natureza é uniforme nos informa apenas que as regularidades não-acidentais persistem uniformes, ele diz muito pouco, absolutamente nada que aumentaria o