Um filme tem a capacidade de nos fazer imaginar e mesmo sentir, ainda que parcialmente, uma situação existencial possível. É por este motivo que filmes que condensam uma vida inteira, seja ela repleta de alegrias ou de tragédias, no espaço de uma ou duas horas são tão impactantes. Não fomos projetados para sentir tanto em tão pouco tempo. Mas sentimos e isso achochalha o nosso Eu.
Ontem tive uma excelente discussão com o Everton Garcia da Costa (UFRGS) e André Dirceu Gerardi (FGV-SP), a convite do NUPERGS, sobre Desafios e Limitações do ChatGPT nas ciências humanas . Agradeço a ambos pela aprendizagem propiciada. Gostaria de fazer duas considerações que não enfatizei o bastante ou esqueci mesmo de fazer. Insisti várias vezes que o ChatGPT é um papagaio estocástico (a expressão não é minha, mas de Emily Bender , professora de linguística computacional) ou um gerador de bobagens. Como expliquei, isso se deve ao fato de que o ChatGPT opera com um modelo amplo de linguagem estatístico. Esse modelo é obtido pelo treinamento em um corpus amplo de textos em que a máquina procurará relações estatísticas entre palavras, expressões ou sentenças. Por exemplo, qual a chance de “inflação” vir acompanhada de “juros” numa mesma sentença? Esse é o tipo de relação que será “codificada” no modelo de linguagem. Quanto maior o corpus, maiores as chances de que esse modelo ...
Comentários
Não sentir também achocalha o EU, tanto quanto sentir demais.
Mas fica a questão se só podemos atingir a plenitude do ser sentindo com a intensidade máxima. Sim, provavelmente. Mas por quanto tempo alguém pode suportar isso sem, paradoxalmente, se perder justamente quando se encontra?
Música: Everybody Hurts
(do R.E.M., lírica!)
Sugestão: luz de abajur, um cálice de licor de amêndoas, coloque no "repetir" e deite no chão ou num sofá macio & aí permaneça pelo tempo que conseguir "voar".
Sentiram alguma coisa?!
Ando numas de retorno às líricas,
Neil Young também é mágico para "sentir" o próprio sentir em meio a licores e meia_luz.
beijos,
sANdrA
mas o ideal é Absinto,
bem dosado...
para não tirar a percepção de espaço e tempo e outras mais.
Tens R.E.M aí, Eros? Então curtes líricas?
isso foi filosófico & filosófico & filosoficamente profundo; você:
"É tão fácil amar o que é fácil amar; é tão fácil fazer o que é fácil fazer; é tão fácil falar o que é fácil dizer; é tão fácil pensar o que é fácil pensar.
Mas o ser humano é um atravessador e transpositor das aparentes facilidades do lugar comum; somente se esquece, totalmente, disso."
Realmente isso leva a inúmeras outras reflexões e de-dentro de uma existência, então, vai ao infinito.
És-tu uma Filósofa & tanto! E não precisou da Academia para isso, eis uma prova de que mentes filosóficas não são "produzidas" dentro do sistema acadêmico.
Ser filósofo (a) acredito, ou está dentro de nós ou não está e se não está o modo-de-ser chega a ser em muitos uma lástima_existencial. Ah, mas não desejo retornar a essas críticas, só desejava, em analogia, dizer que fico mais que feliz por ver que sendo a filósofa que és, és por ti mesma.
abraço em alma,
sANdrA