O experimento referido em [3] foi formulado pelo psicólogo Peter Wason e ficou conhecido com o teste de seleção de Wason. O teste é simples. 4 cartas são dispostas com suas faces voltadas para cima. Essas cartas podem ter letras ou números em suas faces e contra-faces. Um exemplo seria a sequinte seqüência:
A B 2 1
Pede-se, então, aos participantes do experimento, que digam qual o número mínimo de cartas que eles devem virar para verificar o enunciado: se a carta tem uma vogal na sua face, então o elemento na face oposta é par.
O resultado surpreende é que aproximadamente 90% das pessoas escolhem as cartas A e 2, evidenciando a constância de um raciocínio que não se conforma com as condições de verdade da implicação material. A resposta correta é obviamente A e 1. Um enunciado da forma "Se A, então B" é falso apenas quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente é falso. Desta maneira, o enunciado a ser comprovado só será falso se a carta tiver a face A e a face oposta for impar ou, tendo uma face impar, a face oposta for uma não-vogal.
A dificuldade maior das pessoas está em perceber que o enunciado da forma "Se não-B, então não-A" é equivalente ao enunciado da forma "Se A, então B". Como são equivalentes, a falsidade do enunciado "se a face da carta é impar, então a face oposta é uma não-vogal" implica a falsidade do enunciado original. Deste modo, temos de virar a carta 1 para verificar se o enunciado original é verdadeiro.
A B 2 1
Pede-se, então, aos participantes do experimento, que digam qual o número mínimo de cartas que eles devem virar para verificar o enunciado: se a carta tem uma vogal na sua face, então o elemento na face oposta é par.
O resultado surpreende é que aproximadamente 90% das pessoas escolhem as cartas A e 2, evidenciando a constância de um raciocínio que não se conforma com as condições de verdade da implicação material. A resposta correta é obviamente A e 1. Um enunciado da forma "Se A, então B" é falso apenas quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente é falso. Desta maneira, o enunciado a ser comprovado só será falso se a carta tiver a face A e a face oposta for impar ou, tendo uma face impar, a face oposta for uma não-vogal.
A dificuldade maior das pessoas está em perceber que o enunciado da forma "Se não-B, então não-A" é equivalente ao enunciado da forma "Se A, então B". Como são equivalentes, a falsidade do enunciado "se a face da carta é impar, então a face oposta é uma não-vogal" implica a falsidade do enunciado original. Deste modo, temos de virar a carta 1 para verificar se o enunciado original é verdadeiro.
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