Assuma o seu presente, decida! Metade do seu corpo está para fora de um poço. Suas pernas estão para o lado de dentro. Alguns fantasmas as seguram e puxam para baixo. Elas são o seu passado. Seu futuro é todo o horizonte que você pode vislumbrar do lado de fora mais tudo aquilo que está além dele. Uma planície infinita com direções infinitas. Você tem medo de escolher o caminho errado. Mas que sentido tem falar de caminhos certos ou errados se são em número infinito e se você não tem a perspectiva do destino? Se fosse possível percorrer todos eles e comparar os seus destinos, talvez pudéssemos falar em pior ou melhor caminho. Esta possibilidade, contudo, não existe. Aceite a sua limitação. Só tens um destino visível: a escolha. Seja forte, balance as pernas, chute seus fantasmas. Ninguém disse que seria fácil. Quando conseguir sair do poço, não olhe para dentro. Seus fantasmas inspiram compaixão, irão pedir a tua mão, como se eles pudessem ultrapassar a linha do presente em direção ao futuro com a sua ajuda. Mas não podem. Não se afunde novamente. Siga em frente. Assuma o seu presente, decida, liberte-se!
Irracionalismo é a tese de que os nossos julgamentos são arbitrários. O irracionalismo pode aplicar-se apenas a um setor do conhecimento humano. Por exemplo, podemos ser irracionalistas morais. Assim, julgamentos morais sobre como agir, o que fazer, o que é certo e errado são arbitrários, não temos uma razão para eles, eles não se fundam em nada que possa legitimá-los diante dos outros. Podem ser fomentados por nossas emoções ou desejos, mas nada disso tira a sua arbitrariedade diante da razão. Chegaríamos ao irracionalismo moral se tivéssemos razões para pensar que não há nada na razão que pudesse amparar julgamentos morais. Isto é, dado um dilema moral do tipo "devo fazer X ou ~X", não há ao que apelar racionalmente para decidir a questão. Donde se seque que, qualquer decisão que você tomar, seja a favor de X, seja de ~X, será arbitrária. Como poderia a razão ser tão indiferente à moralidade? Primeiro vejamos o que conferiria autoridade racional a um julgamento moral, pois ...
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Motivos egoístas me levam a sugerir a USP.