Toda paixão, com efeito, por mais etérea que possa parecer, na verdade enraíza-se tão somente no instinto natural dos sexos; e nada mais é que um instinto sexual perfeitamente determinado e individualizado. (Schopenhauer) Esta é, basicamente, a tese que Schopenhauer desenvolve no seu livro "Metafísica do Amor". O amor tem um fundamento, o instinto dirigido à perpetuação da espécie. Eu não duvido da acuidade biológica desta afirmação. É bem provável que todos os sistemas neurais que possibilitam as sensações e experiências amorosas tenham sido selecionados naturalmente. Também não duvido que o meu faro sexual seja dirigido pelo instinto. Eu só acho que o nome do livro deveria ser "A biologia do Amor". Saber qual é a causa do amor não nos ajuda em absolutamente quase nada para saber como é o amor e os significados que ele pode vir a ter para a existência humana. O que muda na minha vida enquanto vivo um amor? E depois de vivê-lo, que impressões ele deixa? Que novos ho...