Reinventar a roda pode não ser muito construtivo e interessante no mundo empírico, pois isso implica em desperdiçar recursos materiais e humanos. Mas no mundo das idéias faz todo o sentido. Em primeiro lugar, porque uma idéia sempre vem em um invólucro. Raramente você vai reinventar a mesma idéia usando o mesmo invólucro. Invólucros são pessoais, ainda que objetivos e inteligíveis. No entanto, algumas pessoas assimilam melhor algumas idéias com certos invólucros do que com outros. Logo, quanto mais invólucros uma idéia tiver, tanto mais acessível ela será. Em segundo lugar, porque reinventar a idéia dá àquele que a reinventa uma domínio maior sobre a "tecnologia" da idéia do que aquele que simplesmente lê a idéia em algum lugar. Quem lê recebe a idéia passivamente. Quem pensa a recebe ativamente. É a diferença entre achar que sabe andar de bicicleta por observar alguém andando e realmente saber andar por ter andado. É preciso viver uma idéia para poder perceber bem todos os seus desdobramentos e entender a sua importância. Raramente se obtém isso lendo. Na verdade, ler demais embrutece e atrofia o pensamento, pois você se acostuma a pensar pelos outros ao invés de pensar por si. Cite menos e pense mais.
A distinção entre contexto de descoberta e contexto de justificação é normalmente apresentada como marcando a diferença entre, por um lado, os processos de pensamento, teste e experimentação que de fato ocorreram em um laboratório ou em um ambiente de pesquisa e que levaram ou contribuíram para alguma descoberta científica e, de outro, os processos de justificação e validação dessa descoberta. Haveria, portanto, uma clara diferença entre descrever como cientistas chegaram a fazer certas alegações científicas, o que seria uma tarefa para as ciências empíricas, como a sociologia, a psicologia e a antropologia da ciência, e justificar essas alegações, o que seria uma tarefa para a epistemologia, uma disciplina normativa e não-empírica. Essa distinção é corriqueira em debates acerca do escopo da filosofia da ciência e teria sido explicitada inicialmente por Reichenbach. Contudo, quando examinamos a maneira como ele circunscreveu as tarefas da epistemologia, notamos que alguns elemento...
Comentários
... soa meio hilário, não te parece?
... desculpe a repetição da palavra "cérebro", é que não achei que seria adequado ir usando termos como "pensamento" & outras derivações.
beijo beijo
* se quiser pode excluir esse comentário do teu blog.
& você toca num ponto que é a "quintessência", a "simbiose" muito provavelmente é a responsável pelo fato de se sentirem tão "ofendidos" com críticas ao cérebro_morto pilhado até as últimas conseqüências; mas que situação hilária, deve ser o preço que eles têm que pagar porque como disse Pessoa, "os deuses vendem quando dão"...quando lembro de algumas coisas eu fico naquele estado de "mas é inacreditável" que seja um curso de filosofia, não pode ser, não era para todo mundo aqui ser ético, pensante, usar argumentos justos? e por aí vai, mas não, é o contrário, como é que pode? Tem uma amiga do RS que diz assim: se eles que conhecem ética em várias línguas são assim o que a gente pode esperar de quem nem sabe o que significa ética no nosso aurélio? Pois então, acho que essa questão do uso de cérebros_mortos_meu_próprio_cérebrotem uma relação direta com a ética e a ética da "simbiose" descrita por você torna-se, é claro, esquizóide.
beijo grande em teu coração, Eros.