Uma ética parcialista parte da idéia de que obrigações e permissões morais se baseiam em certas relações especiais, estabelecendo um núcleo duro da moralidade. Que relações são essas? Relações de afeto, dos mais variados tipos, amor, compaixão etc, que o indivíduo tem consigo mesmo e com os outros. Diferentes graus de parceria que se estabelece com os outros implicam igualmente diferentes graus de obrigação e permissões morais. O amor por si ou por outra pessoa é uma relação básica repleta de implicações morais. Uma pessoa que diz amar uma outra está, se seus sentimentos são sinceros, disposta a promover o seu bem. Se ela diz amar e, no entanto, não faz nada para promover o bem da outra ou mesmo poupá-la de sofrimento, então ela age hipocritamente ou, pior ainda, irracionalmente. Mas o que dizer da situação em que você ama outra pessoa, dispõe-se a promover-lhe o bem e a lhe poupar o sofrimento, mas não obtém sucesso algum? Se obtém apenas fracassos em reiteradas tentativas, não perde o próprio amor, nesta situação, a sua razão de ser? Não nasce o amor justamente com o ímpeto de transcender em bens o seu ser de origem e se essa transcendência não se consuma, em virtude da opacidade do ser amado ao próprio ser do seu amor, não perde então esse amor a sua razão, seu ímpeto em ser e se transcender?
A distinção entre contexto de descoberta e contexto de justificação é normalmente apresentada como marcando a diferença entre, por um lado, os processos de pensamento, teste e experimentação que de fato ocorreram em um laboratório ou em um ambiente de pesquisa e que levaram ou contribuíram para alguma descoberta científica e, de outro, os processos de justificação e validação dessa descoberta. Haveria, portanto, uma clara diferença entre descrever como cientistas chegaram a fazer certas alegações científicas, o que seria uma tarefa para as ciências empíricas, como a sociologia, a psicologia e a antropologia da ciência, e justificar essas alegações, o que seria uma tarefa para a epistemologia, uma disciplina normativa e não-empírica. Essa distinção é corriqueira em debates acerca do escopo da filosofia da ciência e teria sido explicitada inicialmente por Reichenbach. Contudo, quando examinamos a maneira como ele circunscreveu as tarefas da epistemologia, notamos que alguns elemento...
Comentários
lembre-se sempre, seu amor não é antidepressivo, afinal se fosse me tiraria o tesão - e é a última coisa que ele faz...
o amor não é tudo na vida, existem outras coisas , exigências sociais, próprias, padrões, valores, tudo isso influencia na 'felicidade' de uma pessoa.
você não pode fazer milagre =/