Eu não preciso saber que sei para saber; se precisasse, teria de enfrentar um regresso. Pois para saber que sei, teria também de saber que sei que sei e assim por diante. Porém, se eu posso saber sem saber que sei, eu não posso igualmente enfrentar o regresso que questiona que sei. A única saída parece ser: se eu sei, então eu sei que sei. Objetivamente, isto parece ser verdadeiro, mas aonde nos leva? A lugar algum, pois se eu não sei que sei, então não sei. E o regresso outra vez aparece espreitando na pergunta: o que é o caso? Que você sabe ou que você não sabe? Se você sabe, então você sabe que sabe que sabe...Mas se não sabe, então você não sabe que sabe...Em todo caso, se te serve de consolo, uma coisa é certa: ou você sabe, ou você não sabe. E se você sabe, então você sabe, ainda que não saiba disto.
Irracionalismo é a tese de que os nossos julgamentos são arbitrários. O irracionalismo pode aplicar-se apenas a um setor do conhecimento humano. Por exemplo, podemos ser irracionalistas morais. Assim, julgamentos morais sobre como agir, o que fazer, o que é certo e errado são arbitrários, não temos uma razão para eles, eles não se fundam em nada que possa legitimá-los diante dos outros. Podem ser fomentados por nossas emoções ou desejos, mas nada disso tira a sua arbitrariedade diante da razão. Chegaríamos ao irracionalismo moral se tivéssemos razões para pensar que não há nada na razão que pudesse amparar julgamentos morais. Isto é, dado um dilema moral do tipo "devo fazer X ou ~X", não há ao que apelar racionalmente para decidir a questão. Donde se seque que, qualquer decisão que você tomar, seja a favor de X, seja de ~X, será arbitrária. Como poderia a razão ser tão indiferente à moralidade? Primeiro vejamos o que conferiria autoridade racional a um julgamento moral, pois ...
Comentários
estmos fazemdo um blog novo do colégio, gostaria que dessem uma olhada, sugestões e comentarios são sempre bem vindo ;]
Carmem
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