"E, contudo, parece ser melhor, até talvez um dever, que pela salvação da verdade se destruam os laços que temos com os que nos estão próximos, sobretudo se formos filósofos. Sendo ambos queridos para nós, é mais de acordo com a lei divina de preferir a verdade" (Aristóteles, Ética a Nicômaco).
Em suma, filosofar exige coragem, inclusive coragem de, numa situação extrema, romper os laços de amizade se, por alguma razão, eles obscurecem o caminho em direção à verdade. Claro está que aqueles que são amigos da verdade podem verdadeiramente ser amigos entre si.
A coragem é condição necessária para o filosofar. O indivíduo que não está preparado para enfrentar a solidão filosófica e intelectual não pode propriamente ser chamado de filósofo. Evidentemente que a coragem não é suficiente para o autêntico filosofar. Um parvo pode ser extremamente corajoso (embora seja duvidoso que ele possa ser tomado por corajoso se não compreende os riscos que assume) e muitas afirmações francamente tolas podem ser ditas corajosamente.
A coragem é muito mais necessária para filosofar do que para fazer ciência, por uma razão muito simples: quanto mais incerto o solo sobre o qual se pisa, mais coragem é necessária para andar sobre ele. Em momentos de revolução científica, o homem da ciência tem de ser tão corajoso quanto o filósofo. Já o filósofo está fadado a viver uma revolução reflexiva perpétua e, portanto, sua coragem não pode esmorecer jamais.
Em suma, filosofar exige coragem, inclusive coragem de, numa situação extrema, romper os laços de amizade se, por alguma razão, eles obscurecem o caminho em direção à verdade. Claro está que aqueles que são amigos da verdade podem verdadeiramente ser amigos entre si.
A coragem é condição necessária para o filosofar. O indivíduo que não está preparado para enfrentar a solidão filosófica e intelectual não pode propriamente ser chamado de filósofo. Evidentemente que a coragem não é suficiente para o autêntico filosofar. Um parvo pode ser extremamente corajoso (embora seja duvidoso que ele possa ser tomado por corajoso se não compreende os riscos que assume) e muitas afirmações francamente tolas podem ser ditas corajosamente.
A coragem é muito mais necessária para filosofar do que para fazer ciência, por uma razão muito simples: quanto mais incerto o solo sobre o qual se pisa, mais coragem é necessária para andar sobre ele. Em momentos de revolução científica, o homem da ciência tem de ser tão corajoso quanto o filósofo. Já o filósofo está fadado a viver uma revolução reflexiva perpétua e, portanto, sua coragem não pode esmorecer jamais.
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