Um louvável tributo que podemos prestar à humanidade é pelo desapego à espécie humana.
Voltei ao assunto da ética da crença (veja aqui a minha contribuição anterior 194 ) para escrever um texto que possivelmente será publicado como um verbete em um compêndio de epistemologia. Nesta entrada, decidi enfatizar três maneiras pelas quais a discussão sobre normas para crer se relaciona com a ética, algo que nem sempre fica claro neste debate: (1) normas morais servem de analogia para pensar normas para a crença, ainda que os domínios normativos, o epistêmico e o moral, sejam distintos; (2) razões morais são os fundamentos últimos para adotar uma norma para crer e (3) razões morais podem incidir diretamente sobre a legitimidade de uma crença, a crença (o ato de crer) não seria assim um fenômeno puramente epistêmico. O item (3) representa sem dúvida a maneira mais forte pela qual, neste debate, epistemologia e ética se entrelaçam. Sobre ele, abordei sobretudo o trabalho da Rima Basu que, a meu ver, é uma das contribuições recentes mais interessantes e inovadoras ao debate da ét...
Comentários
procurei filosofema porque usei essa palavra no subtítulo do meu blog. na busca, o seu (primeiro) e o segundo blog têm um tom muito semelhante ao meu.
Mas o que me chamou atenção foi que nos dois (talvez nem tanto no meu) percebi a influência Nietzscheana logo no primeiro post. Neste seu foi mais legal, porque bastou uma sentença.
E é perceptível que em todos nós a influência se dá também (ou principalmente) no nível literário, estilístico. Me parece que a influência não é somente no conteúdo, mas na forma de pensar, no caminho do raciocínio, nas imagens retóricas... lembrei de um dos melhores teóricos que já me indicaram sobre Nietzsche: Alexander Nehamas - Life as Literature ...
Parabéns pelo blog.