Eu creio que há uma mesa no meio da minha sala, pois acabo de olhar para ela. Formei a crença. Por quanto tempo é razoável atribuir-me esta crença? Alguns minutos mais tarde, já na rua, cotinuo a acreditar que há uma mesa no meio da minha sala, sem estar em condições de vê-la neste instante e, ainda assim, estou justificado a ter e manter esta crença. Quais os critérios para atribuir a manutenção da crença? A resposta correta parece-me ser: depende do que se sabe sobre a constância do objeto da crença. No caso em questão, o objeto da crença é o lugar em que a mesa se encontra. Sabemos que uma mesa não muda de lugar sozinha e na ausência de qualquer razão contrária à sua permanência no lugar onde se encontra, estamos justificados a assumir que ela continua onde estava e, portanto, não emerge a necessidade de novas verificações. Na ausência desta necessidade, estamos licenciados a atribuir a permanência da crença. A situação é diferente, por exemplo, se o objeto da crença fosse a qua...